28.9.08

Mas o morno não satisfaz;
Ou quente, que é pra arrebatar
ou acaba-se logo por esfriar.
Mas versos não são pra mim
Eles são sempre insossos. 
Insossos e mornos. 
E não há vão entre o ótimo e o ruim
A perfeição é regular, e por estar completa, e pronta não exige busca de melhoras. 
Meus versos são mornos.
Minha prosa não. Ou é quente ou é fria. Por isso alterno agora.
Entre frio e morno. Não mais a opção do quente.
O quente de mim não quer mais de ser de mim, não quer mais ser meu. Continua quente, mas longe. Tira-se de mim. Suicida-se. 
Mata-me.
Mata-nos.
Eu não o tenho mais.
Como a poesia, tão primária e tímida que há tempos fazia.
Como a esperança que antes trazia. 
E que agora não há mais. E se há.. Oh! Quão tênue é sua existência dentro de mim. Perde-se em meio a sentimentos covardes. Vergonha e medo.
Mas o dia chega, ele chegará. E não está longe agora. 
E na hora, sei que todos essas pobrezas desaparecerão. Pelo menos é assim que eu quero acreditar que seja.  
Tudo bonito. Imperfeito e certo.
Mas para que tudo se resolva, só preciso de você por perto.

Tão morno.. 
Quero é minha prosa. Minha prosa Quente;

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