23.2.09

Segredos.

Cama bagunçada, e um vestido pelo chão.
O amor que acabou de começar entre suor e olhares
já se desfaz com o zíper subindo.

Ela estava aqui. Mas se foi.
Me deixou, mais uma vez, com meus devaneios e desejos.
Sozinha.
Ah! Mal a sabe que a encontro quando me deito.
E Vejo-a. Vejo-as, todas elas. Como se fossem apenas uma.
Uma mulher sem rosto, sem expressão.
Com apenas um olhar e seu corpo.
Apenas eu e seu amor.

Uma deusa. De rosto indefinito, mas onipotente.
Todas Elas, me vêm e me perturbam, como uma legião de demônios.
Demônios alvos como anjos, poderosos como deusas, e sedutoras como.. como só elas.
Freya, comandando Valkírias que vieram me buscar para ir à seu encontro.
Pois busque-me, deusa e me amaldiçoe; Corrompa-me.
Derrame por meus segredos as lágrimas que derramas por Odur,
Escorra, lágrimas de ouro, no rosto que me sorrirá.
Me amaldiçoe com sua legião de Valkírias, alvas e cintilantes
Deixe-as habitar minhas noites pela eternidade, até ela voltar
Deixar seu vestido novamente pelos cantos e seu olhar sobre o meu.

Volta.

16.2.09

3+3 são 6

Há uns três mil anos luz fui indicada para me definir em seis tópicos pela Priscila Costa, vou fazê-lo agora.
~ Jaqueline da Silva Fonseca, fêmea com impulsos espóradicos de macho, paulista e são paulina. Nascida, especificamente, no Vale do Ribeira na cidade de Registro. Filha de mãe ariana e pai pisciano veio com a graça de ser libra em 15 de outubro de 1991.
[Daqui pra frente nada é, tudo está, Portanto é sujeito à mudanças.]
~ Eu sou mais ou menos o quê ninguém - ou quase ninguém - está disposto a tentar descobrir. Não dou pistas, ou digo ou não. Comigo é oito ou oitenta. Não gosto de tons pastéis, sempre confundo azuis com verdes, amarelos com beges e rosas e essas cores estranhas. Prefiro as cores primárias; a mistura e a ausência de todas elas. E se fosse humanamente possível até cogitaria a possibilidade de eu ser daltônica. Tenho algumas manias talvez até meio bizarras.... mas são manias, cada louco com as suas... Não gosto de bixos e morro de vontade de botar fogo em um poodle.
~ Não gosto e até evito, mas muitas vezes sou imparcial, indecisa e/ou covarde. E o pior é que isso pode ferir as pessoas. Não tenho a força que muita gente acha que tenho, nem o talento para isso ou aquilo. Aprecio arte, mas não entendo quase nada. Pra mim o Dada e o Surrealismo são um lado só da mesma moeda, a outra face é Concretismo. Gosto de ouvir pra aprender, de ler pra saber... mas não é algo que aconteça sempre. Eu falo pra 'cacete' também, e falando em 'cacete', pra mim 'porra' é vírgula e 'pra caralho' é sistema de intensidade.
~ Queria fazer psicologia, exercer jornalismo ou gastronomia e saber tudo sobre história, geografia, literatura e artes, mas prestei vestibular pra direito e resolvi agora prestar pra filosofia em meados do ano de 2009 de Nosso Senhor. Mas meu sonho mesmo era ser psiquiatra. Abandonei isso se não logo enlouqueço, bem ou mal conheço meus limites. Além disso eu sei que não passo pra medicina na federal, e faculdade particular - ao menos por enquanto - é carta fora do baralho.
~ Adoro um amor inventado. E não estou citando Cazuza. O problema é que esses amores têm prazo de validade. Amar, amar mesmo... foi uma vez (ou é uma vez. não sei se posso definir.) As outras foram paixão e esse amor inventado que eu tenho hábito de cultivar. Ouvir minha banda prefereida às vezes me deixa triste por causa disso. O Fato é que têm coisas demais na minha vida e ninguém sabe por inteiro, alguns sabem uns pedaços, não o todo. Esse talvez até eu mesma desconheça.
~ Não gosto de socializar, se o faço é por pura necessidade e conveniência. Tenho facilidade de me comunicar com as pessoas mas não o faço com frequência. Prepotência ou não acho que poucos são dignos realmente da minha atenção. Ando com a cara de desdém que poucos conseguem ter, mas um sorriso vez ou outra floresce. Não sou simpática, mas sou educada e acho que quem sorri o tempo todo pra todo mundo é EXTREMAMENTE falso. Ninguém pode estar bem o tempo todo e gostar de todo mundo, há máscaras. Certeza!
Embora eu ache que o impossível não existe é, de fato, impossível me resumir assim. É impossível me compactar em palavras.
Diz que era pra eu indicar mais seis humanos pra fazer esse resumo.
ObrigadaTchau.