30.10.08

Um dia ela percebeu algo grandioso demais pra caber em seu peito, novo demais pra ser tão forte, gostoso demais pra ser resistível.
Ela descobriu que também podia perder em seu jogo, ficar presa em sua armadilha e pisar em falso em seu próprio chão. Descobriu que não sabia nada, e que o poder que degustara outrora não era seu, fora-lhe cedido.
Percebeu que era parecido, semelhante apenas, não idêntico. Diferia na velocidade, no movimento, na cinemática em síntese. Pôde sentir desde muito logo, era segredo até para si mas sabia o que habitava dentro dela, não era ignorante a tal ponto. Rejeitava o fenômeno, mas o conhecia muito bem de outros carnavais.
Fascinou-lhe seu nome mexicano, entre outros adjetivos positivos e não, depois o jeito como seus lábios escorregavam... Fascinou-lhe detalhes que não notara, e tudo mais que não conhecera. Aquela vida na sua já era suficiente. Era, ao menos, o que parecia, o que sentia ser.
Ela lhe disse que iria em breve, abandonaria-o, mas seu olhar não lhe comoveu, suas palavras soaram vazias, apaixonadas porém vazias. Como se o que ela tivesse falado fosse mais uma das N notícias que ele lê todos os dias sobre distintos tópicos nas variadas revistas que adquiri...
Talvez ele não tenha absorvido a idéia, como alguns artigos que devem se perder no cerébro após lido.. como mais um.
Ela quis lhe propor partir com ela. Pensou nisso horas a fio, e teve certeza: lhe faria a proposta, ainda que ele lhe apresentasse centenas de estorvos e metade deles procedessem, ainda que ela soubesse da impossibilidade próxima na realização do plano... ainda que, ainda que... ela lhe convidaria: "Vamos?!"
Só para ver sua reação. Até onde ele iria?
Porém, lembrou-se de como reagiu após a 'velha novidade'. Percebeu que era uma manobra arriscada demais. Outrora apostara alto em um jogo perigoso, acabou tudo bem, mas por um triz o tiro não saiu pela culatra; talvez tal sorte não se repetisse.
Ela percebeu, finalmente, que ele lhe deixou medrosa. Seu jogo perigoso lhe deu agora medo, e ela queria um urso de dormir para abraçar e ouvi-lo lamentar que a noite acabaria e ela partiria para nunca mais.

26.10.08

Mais uma noite de delírios. 
Ás vezes acho que não vou aguentar, mas eu acordo com o amanhacer do dia e descubro, obviamente, que consegui; aguentei todo o frio que senti, toda ânsia que tive, toda dor que agonizei..
É sempre assim. Sempre acontece e eu repito como se não soubesse como vai acabar. [2]
Sou assim.
Mas não é meu defeito, é só minha intolerância, resposta do meu corpo às porcarias que engulo. 
No entanto, embora seja algo relativamente sério, meu adjetivo negativo ainda não é esse. Minha imperfeição é não saber fazer massagem, não saber cantar, não permanecer sóbria. Eu erro por não entender o que você canta, por não responder quando você diz que gosta de mim, por não te contar meus lindos sonhos e as coisas que eu já vivi. Eu erro só por querer que você seja meu, mesmo entendendo que ninguém pode pertencer á outro.
Eu errei por chamar seu nome a noite toda, por pedir para que você parasse de beber, por ter o sonho que tive. Você não sofreu acidente algum, está bem, intacto. E eu não vou chorar sua perda, graças a Deus.
Mas sou assim. Imperfeita. Sem massagem, sem pensamento rápido e falas propícias. Sou só eu, com meus joguinhos de sedução e essas bobagens todas, que trago um pensamento otimista, um coração inchado (transbordante), e noites inquietas, (sou só eu) que não assumo o que já tá na cara há muito tempo; que me calo para não falar demais e falo demais pra despistar você, que eu sei que fica sempre esperando retribuição.
Sou só eu que sou assim, e sou só eu que sinto tudo que digo e as coisas que não digo também.

20.10.08

Se fosse só essa leve tristeza... mas não é. Quando estamos á beira do abismo nos lembramos de mais e mais motivos para pularmos, não para darmos um passo para trás. E depois de lembrar alguns, só alguns, motivos pulamos nesse poço de tristeza e confusão.
E é frio, frio e escuro.
"A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e nem sou de ninguém."


19.10.08

Brasileiros do Brasil x Brasileiros do mundo.

O que pudemos acompanhar nessa edição da copa de futsal foi: Brasileiros do Brasil jogando contra brasileiros do mundo afora. 
Não há erro em afirmar isso, não há redundância também. Pode-se dizer 'se é brasileiro, claro que é do Brasil'. Mas o que diz-se a respeito dos brasileiros espanhóis? Marcelo, Daniel... O que diz-se dos brasileiros italianos? Um time inteiro, oras.
Nada! não se diz nada. Craques - como Falcão ou não -  são, certamente, jogadores muito bons, e por isso foram convidados a jogar em uma seleção; mas aceitaram porque precisam vestir seus filhos e educá-los. O que faço não é uma crítica, só uma análise. Um pensamento.. 
O que era que o Marcelo pensava após os pênaltis essa manhã? Porque chorava tanto? Foi pelo segundo lugar no campeonato ou por ter pedido para os filhos do solo da mãe gentil, como ele?
Foi por inveja. Inveja da vitória que os brasileiros do Brasil desfrutavam. Mas será que lhe importava que fossem brasileiros?
Se importava eu não sei.. Se ele queria era defender a pátria amada ao invéz de se submeter ao papel de defender outro país também não sei. Mas na disputa Brasi x Brasileiros ganhou foi a nação. Porque bem ou mal, como diz o poeta: "O melhor do Brasil é o povo brasileiro."

18.10.08

Eu tentei escrever uma história. Desde cedo estava com aquele último pedacinho na minha cabeça, acordei pensando nisso: "E então comi o macarrão que havia preparado para nós sozinha, e ele? Dele eu não sei mais, deixou-me aqui, sozinha, á luz de velas com um macarrão frio." E pensei nesse mesmo trecho durante o dia, pensando o que poderia ter acontecido antes. Quantas estórias e histórias fantásticas poderiam ser contadas para ilustrar o motivo de ela estar jantando sozinha na noite em que havia preparado tudo para os dois? (Quantas histórias e estórias fantásticas eles nos reservam?)
Ia escrever sua histórinha, sem final feliz, mas era uma histórinha. Apaguei ainda no começo. Não sei inventar e escrever dá muito trabalho: Tem que organizar as palavras de modo a soarem bem, parecerem bonitas - o que não são (afinal Uranusfobia é uma palavra nobre quanto Prazeroso, ou Beleza). Pra narrar nós precisamos entrar em detalhes, dizer as cores das cortinas e da cinta-liga que ela comprou - é, ela comprou uma cinta-liga e o cafageste não apareceu! - e eu não gosto de detalhes, são tão dispensáveis, desprezíveis! 
Pra mim, ela tinha perfumado a casa com essência de jasmim e tinha trocado as cortinas da casa toda, no quarto colocou as roxas, mórbidas mas sensuais. Como o vestido que usava um vestido simples preto, de alças finas, decote em V, que ia até as canelas, estava descalça, e esperava por ele vendo fotos e brincando com os pés no tapete da sala. Esperou por ele muito tempo, começou a chover, e ela viu mais fotos... 
Vê? Não! as fotos não! Os detalhes.
Se eu não tivesse dito a cor das cortinas você, que lê, ia pensar na cortina que acha mais bonita - talvez não seja a roxa. Se não tivesse explicado seu vestido você pensaria no vestido mais sensual possível, não nesse preto que lhe esconde as pernas por completo.. Talvez pensasse em algo vermelho, de renda, curtíssimo e com um decote enorme. Salto alto, fino... Mas não pense isso.
Minha personagem é simples, não é fantasiada como essas palavras, que parecem nada dizer. 
Ela não usa maquiagem forte, nem roupas extravagantes, não arruma o cabelo pra sair de casa nem todos os artifícios que as mulheres comuns têm o hábito de usarem. Ela só sabe ser ela, nada mais que isso.
E aquela noite era, de algum modo, especial. 
A chuva ficou mais forte, acabou a energia e ela teve que parar de ver as fotos. Velas. Jantar á luz de velas, que romântico! Isso se ele vier, é claro. Acho que ele não vem mais. 
Ela esperou por ele durante horas e ele não veio.
Não sei o motivo de ele não ter chego, não sou boa com inventar e fantasiar as coisas. Sou simples, entende? 
Mas sei que findou a histórinha com ela comendo sozinha o macarrão que tinha preparado para os dois, sem saber dele, com a compania de uma vela que olhava para ela e pensava: Sua idiota!

16.10.08

Os imortais.


"Pai, Afasta de mim esse cálice 
de vinho tinto de sangue."
"Espere sentado, ou você se cansa, está provado:
nunca alcança."
Quem mata?

"Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também  sei que qualquer canto é menor que a vida de qualquer pessoa."
Quem condena?

"Não Basta o compromisso, vale mais o coração."
Quem pode destruir isso?

"A primeira vez é sempre a última chance."
"E você estava esperando voar , mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?"
"Pra que exportar comida se as armas dão mais lucro na exportação? (...) O senhor da guerra não gosta de crianças"
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você para pra pensar, na verdade não há."
Quem contesta? 

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."
"Flores envenenadas na jarra. Roxas azuis, encarnadas, atapetam o ar. Que riqueza de hospital. Nunca vi mais belas e mais perigosas. É assim então o teu segredo. Teu segredo é tão parecido contigo que nada me revela além do que já sei. E sei tão pouco como se o teu enigma fosse eu. Assim como tu és o meu. "
Quem se atreve a cobrá-la sanidade?

"O caminho certo é o do meio."
E nao é?
"É melhor atirar-se em luta, em busca de dias melhores, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutaram, mas também não venceram. Que não conheceram a glória de ressurgir dos escombro"

"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você"
"Todo coração em caos traz uma estrela cintilante "

Quem é que se atreve, agora, a dizer que eles morreram? Quem é pode chamá-los de mortais? 
Morre o corpo, desintegra-se. Mas o que importa, continuo dizendo, é a idéia, as escolhas! Não somos o que parecemos ser, somos o que dizemos, onde andamos, o que fazemos etc.
Ninguém pode matar o que digo, e se tiver boas idéias ninguém poderá esconder também. Eu posso ser tão imortal quanto qualquer ser humano que ainda tem coração pulsante, ou não.

14.10.08

E agora eu tô assim. Tanta coisa mistura dá nisso, nessa embriaguez sem tamanho. Cerveja, saudade, cigarro, risadas, violão e truco. 
Carência. Mais uma vez.
Eu, mesmo entre tantos, me sentindo sozinha. Não queria nada de ninguém; desejei colo de alguém. e há diferença entre essas sentençãs. Há diferença em quase tudo que digo. O antes e o depois. O agora e o nunca mais.
Meu futuro eu não sei, ele está no nunca mais. 
Mas agora tudo que eu mais queria era um urso de dormir, um lugar para me aninhar, uma mão pra fazer carinho. Eu só queria era alguém comigo. 

12.10.08

Me ame agora, mas ame de verdade. 
Ame como se eu fosse a única, agora e sempre. 
Me ame para todo sempre, até o fim.
Se você me amasse só isso bastaria. 

11.10.08

12 anos.
"É tão estranho Os bons morrem jovens Assim parece ser Quando me lembro de você Que acabou indo embora Cedo demais.  Quando eu lhe dizia: "- Me apaixono todo dia E é sempre a pessoa errada." Você sorriu e disse: "- Eu gosto de você também."  Só que você foi embora cedo demais  Eu continuo aqui, Com meu trabalho e meus amigos E me lembro de você em dias assim Um dia de chuva, um dia de sol E o que sinto não sei dizer.  Vai com os anjos! vai em paz. Era assim todo dia de tarde A descoberta da amizade  Até a próxima vez.  É tão estranho Os bons morrem antes Me lembro de você E de tanta gente que se foi Cedo demais  E cedo demais Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis Só não aprendi a perder E eu, que tive um começo feliz Do resto não sei dizer.  Lembro das tardes que passamos juntos Não é sempre mais eu sei Que você está bem agora Só que este ano O verão acabou Cedo demais." (Renato Russo/ Marcelo Bonfá/ Dado Vila-Lobos)

8.10.08

Aos qüatorze anos existem dois tipos de jovens: Os que não pensam na morte e os que só pensam nela.
Eu era das que não pensavam. E vivi o melhor ano da minha vida. O mais cheio de emoções, de todos os tipos. Amores, sexo, álcool e os grandes amigos que transpõe o tempo.  Hoje, que eu penso demais, nada disso me impressiona mais. Agora equilibro pensar em amanhã e pensar em agora. Mas hoje pensei no passado. Nostalgia. 
Não olho com arrependimento para nenhum de meus passos, mas vejo hoje, com desdém a tantas coisas que antes eram importantíssimas. Realmente o tempo voa. Lembro das minhas primeiras vezes: Primeiro beijo e namoradinho, primeiro porre, primeira tragada... Primeiro amor.
Amei tão grande, tão caro. Continuo amando. Aprendi algumas coisas com o passar do tempo, só não aprendi a não amar.
Um dia acordei e disse: Farei com que ele se apaixone por mim. E eu consegui. Aprendi a conquistar, seduzir; só não lembrei de me prevenir, afinal para tudo que age uma reação de igual teor será produzida. Entenda o que quiser. Mas aconteceu; eu sei como é.
  
 
   















Já aconteceu antes. Quantos anos eu tinha da primeira vez? Sete, oito? 
Hudson.. eu com minha saia de botão azul, e ele com um espelinho no tênis. Irônico! Parece que meu gosto pelos canalham vem de cedo; E depois? quantos mais? 
Um, aos 11, Bruno. Um aos 12, Douglas... 13, 14, 15, 16 e 17 em sete dias. Quantos foram?
Quantos deles pensavam na morte? Eu não pensava. Até os 15 nós achamos ser imbatíveis,puro hedonismo . Agora,  sei que não sou imortal, e que cada baforada é alguns segundos a menos; que cada gole é uma célula afetada; e cada manhã é um novo desafio. 
Será que é hoje que vai acontecer? Não foi ontem, nem antes de ontem, nem nenhum outro dia anterior... é mais possível que seja amanhã, já que não foram os dias que já passaram. E não foi hoje também. 

Sempre achei essa coisa toda de embriaguez muito romântica, tipo o Cazuza com 'meus heróis morreram de overdose'; Essa percepção de depender de alguém por alguns momentos, de não lutar contra nada nem ninguém, do sensacionalismo provocado por isso fazendo com que sentimos tudo maximizado, alongado; sentir-se inteiramente entregue, amolecida, corajosa, isana. Você! 
Mas a que preço?
Não importa.
Só passaram-se dois anos desde os quatorze (três em sete dias), eu me sinto no direito de viver achando ser imortal; cometer os maiores erros de todos, adquirir vícios que me matem aos quarenta, ou abandoná-los aos vinte e cinco. Só não posso me poupar de viver agora, afinal pode ser acontece amanhã. 

6.10.08


Gostaria que nesse momento meu telefone tocasse. 
E fosse ele. Com a voz notavelmente angustiada dizendo que está sofrendo por não me ter a seu lado. Dizendo sem intenção nenhuma, só pra contar, me informar como vai passando.. 
Queria que ele me ligasse agora e eu o ouvisse dizer: "Larga tudo e vem pra mim" mesmo sabendo que eu não largaria e que isso só faria minha dor machucar mais. Mas ele poderia ligar. Dizer, finalmente, que me ama ou só que está apaixonado e sentindo profundamente a falta do meu cheiro. 
Cigarro e perfume; desodarante e shampoo; suor e cerveja?  Não, nada disso.. Meu cheiro. O cheiro da minha pele que, mesmo mudando de perfume, ele deve conseguir identificar a metros de distância.
Só queria que ele respondesse e-mails, dizendo que eu estou enganada, que é totalmente leal á mim e que também adoraria findar seus dias, todos, em minha presença... Mas não responde. Só diz que é emocionante o que  falo, e que sempre foi sincero. Sincera eu também fui, também sou. Á minha maneira, mas sou.
Sou o que sou; e estou agora sentindo uma falta tremenda do gosto das N coisas que poderiam me ser proporcionadas e não são por estar longe demais. Meus sonhos lúcidos, que madrugadas adentro venho tido, não são suficientes. Eu sou grande demais para tão pouco; sonhos tão reais, me tiram o sono, a paz. E ainda tem ela para ajudá-lo nesse papel de me agonizar. 
Mas só me incomodam, ambos. Não liga, não responde e-mail, nem diz que sofre sem mim. Isso é porque certamente não sofre, porque não quer ligar, ou porque não tem nada a contestar sobre o e-mail enviado. 
Isso é só porquê mais uma vez eu faço papel de besta na história toda.. Porquê mais uma vez vai ser igual.

_
Apropósito: Senhor anônimo, me dê o direito á resposta, por favor.

4.10.08

Despedida de um amor.

Sim, o mesmo título.

Porque mesmo quando a gente pensa que vai durar pra sempre não dura. E essa é a maior de todas as nossas tolices: pensar que dessa vez vai ser diferente. Não vai. Tudo é formado por ciclos, começa, desenvolve e acaba. Mesmo que por vezes esse ciclo seja muito confuso, e não possamos entender muito bem onde começa ou como se desenvolve, é certo que há o fim. 
Até as coisas que parecem ser as mais especiais de todas, um dia, mostram-se iguais e acabam iguais, deixando os mesmos remorços e/ou arrependimentos. A culpa é minha, mais uma vez.

Minha essência é confusa demais, é difícil demais, e a dele também. Ele é uma mulher de Tpm todos os dias da vida dele: Inconstante - ora deprimido, ora nervoso, ora sarcástico. 
Homens são simples, fáceis e objetivos. Mulheres é que são complicadas, questões hormonais e etc. Mas ele não. É um homem que complica como mulher, que me complica por ser assim. 
Eu não sei lidar com mulheres. Sou uma garota que age como um homem. Que não repara em cortes novos, moda, ou pequenos detalhes em geral, que não chama por nomes carinhosos, sou uma mulher que depois vira e dorme, sem nem querer saber de nada ou de ninguém. 
Era pra dar certo: Um homem mulher, uma garota homem. Mas não dá. Não deu.
Eu não perco minha essência feminina de chorar, me sentir carente ou querer um pouco de atenção; Ele não perdeu esse jeito superior que os homens desenvolvem quando resolvem ser arrogantes.
Mais uma vez eu perdi, e perdi muito, quase tudo. E oposto ao que ele diz: não, eu não saio sempre por cima, acontece que eu sei como eles agem, e aprendi isso a fazer como eles; parecer superior, como eles fazem, parecem mas não são. 
Mas dessa vez, querendo ou não, foi diferente; Eu sai por baixo, e não vou me reeguer nesse aspecto. Em tudo que há vida é necessário alimento, e estímulo, para que aja força para continuar mas ele não alimenta mais nada, eu não recebo força, não há estímulo de parte nenhuma. 
Eu tentei e não vou carregar a culpa de não tê-lo feito. Posso até ser responsável pelo fracasso, mas tentei. 
"Minha vida continua mas é certo que eu seria sempre sua" (8)