2.8.08

eu busco lugares e motivos, qualquer coisa que me dê uma razão para o próximo passo. mas busco em vão. até a solidão me deixo á sós comigo mesmo; tudo bem, eu precisava ter uma conversa em particular com o meu eu interior, mas não sei como começar esse monólogo. já fazem meses que eu tento começar e não consigo. Me baseio no passado e lembro de tudo que já aconteceu; penso no futuro, um futuro brilhante! mas sem glória, sem tesão, sem o brilho no olhar, sem aquela sensação de 'hoje será um belo dia'. Mas esqueço completamente do presente. não quero esquecer. mas tenho medo de encará-lo de frente. o que será que ele quer de mim? o que é que eu quero dele? minhas perguntas sempre tão ocas e sem resposta... tão vazias quanto eu. que de tanto amar, fiquei sem amor. como uma fonte que parecia inesgotável e um dia secou. voltaria ela á produzir em breve? ou aquilo que seca morre para sempre? de todos meus amores, me sobraram lembranças e arrependimentos. arrependimentos todos baseados naquele medo que tive de arriscar. e não arrisquei por medo de perder. mas é que naquela época eu não sabia que sempre que se tem que escolher, sempre que se arrisca algo se perde. Não se perde mais ou menos em um dos lados, só se perde algo. mas ganha-se também; não existem boas ou más escolhas, só escolhas feitas em determinado tempo.
de todos meus amores, todos que não vivi por escolher apenas um. todos que renunciei por dever fidelidade á apenas um... fui fiel á meu amor, mas fui desleal comigo mesmo. eu escolhi!
perdi tudo que poderia ter ganho, mas ganhei tudo o que perdi logo depois. seria assim se tivesse escolhido outros caminhos? não, é claro que não! mas como seria?
de todos os meus amores... de todos meus arrependimentos... de todas minhas expectativas... de toda minha inesgotável fonte de dedicação, admiração, de todo tesão... não me restou nada. minha paixão morreu. meu amor sumiu. e eu, estou tão oca e sem resposta quanto minhas perguntas; os meus passos continuam sem motivo, numa repetição tão insignificante quanto a fidelidade de que dediquei fazendo de mim desleal ao meu amor mor: o meu amor próprio.

Um comentário:

Junior Matos disse...

o/
demoro mas saiuu o bloggg
agora e so leva o/
quero ver voce escrevendo todo diaa *_*

Jaquelixious :*