22.1.09

Aquele lá.

Um dia eu conheci um homem.
Um homem que chorava e de atos duvidosos.. Que não percebia o tempo passar;
Era muito popular.

Ele gostava de ver o poder dividido, de filme legendado e de combinações gastronômicas com mel, aveia e essas coisas naturais demais pra mim ...
Talvez ele fosse demais pra mim. Me olhava de um jeito que me fazia brilhar os olhos. Eu sorria e ele dizia sobre o sorriso, eu andava e ele falava dos quadris. E eu pensava com quantas ele foi assim na vida, com quantas ele ainda podia ser ou estava sendo... As coisas que dizia.. pra quantas ele já olhara dizendo as mesmas palavras (baratas ou não) ?
Um dia não me importou mais o que ele fez e com quem fez. Importava-me o que estava fazendo no momento em que estava ao meu lado, e ele fazia uma única coisa: minha felicidade.

Aí um dia eu conheci um novo homem.
Um homem que era homem suficiente pra assumir o que sentia, que ficava aos prantos não importava onde, desde que fosse sua vontade; que se libertava das maneiras que mais lhe desse prazer não dos jeitos funcionais, fosse politicamente correto ou não (Porque na verdade estar ou não correto é só uma questão de ponto de vista).
Um cara que não se achava metódico mas se alongava antes de correr, lia no banheiro e acreditava cegamente na ciência, com fosse tão exata quanto matemática.
Eu conheci um homem que conhecia gente demais! Mas acho que pouca gente o sabia quem ele era realmente.
Sabe.. um dia eu conheci um cara incrível! Que não via o tempo passar por estar aproveitando-o minuciosamente, por se ocupar em usá-lo ao em vez de ficar olhando seus segundos passarem voando diante de seus olhos..
Conheci um cara que disse me adorar quando eu me recusava a sentir qualquer coisa por alguém, que não se cansava de dizer isso. Talvez na esperança de um hora ser retribuido. Um cara musical, que da respiração aos gemidos tinha ritmo, sempre em harmonia.
E ele me contava suas aventuras de calouro e eu ouvia atenta como criança, observava a boca dele mexer e a forma como parece que as lembranças lhe fazem bem.. Talvez tenham sido bons tempos pra ele, mas parece ter sobrado pouco de lá além de lembranças. Talvez nada além disso e fotos amareladas. Mas ele nunca contou dos tempos de veterano na faculdade. Não sei porquê. Talvez na época ele não tivesse tempo pra essas bobagens, ou só esqueceu de contar à mim que sabe ser algoz também.
Um dia eu conheci um cara que me elogiava, não me deixava dormir por não sair dos meus pensamentos... que me tratava como mulher porque via longe, me via mais longe do que eu conseguia fazê-lo. Não tentava me ensinar suas experiências que era pra eu pisar com meus próprios pés no terreno duvidoso e concluir o que minha cabeça julgasse melhor. Eu conheci alguém que dava liberdade, liberdade foi tudo que eu sempre quis. E eu o amei por isso.

Um comentário:

Priscila Costa disse...

Adorei, cara! Muito bom! Você que escreveu ?