Como na adolescência. Como na virgindade.
Ter apenas aquele olhar tímido e a falta da certeza de que se deve dizer aquilo se pensa. Uma sensação de que vai dar certo. Mas a fala trancada.
O beijo sela os pensamentos que vem e vão enquanto dirijo.
O sinal abre.
Engraçado como tudo aconteceu. Uma música e uma pergunta. Não consegui responder o meu Porque não. Foram vários cigarros e vários cds inteiros. E o pensamento longe buscando respostas pra perguntas que nem precisariam existir.
Um beijo no ombro me faz voltar.
Esse sinal é mais rápido que o anterior.
Percebi que não sei me comportar em público. Não sei me comportar à sós. Não sei como ser casal.
Tá, na verdade eu devo saber sim. Devo me lembro bem como é que se dá amor.
Essas coisas não se esquecem. Há quem nasça pra amar. Sei bem como se faz. Mas tenho dúvidas da precisão dessa ocasião. Me jogo?
Qual o plano agora?
Vou te levar em casa.
Depois de tantas roubadas é compreensível um pé atrás até com o mais incrível dos seres. E me parece plausível colocá-lo nesse grupo. Tantas coisas boas e tanto carinho. A Cada sinal vermelho um beijo cada vez mais íntimo. Um cheiro cada vez mais próximo, e um pouco mais impregnado em mim que da última vez; uma sensação cada vez mais frequente e um arrepio adolescente.
Me pede pra ficar. Me pede pra descer.
Não tem mais nenhum sinal vermelho.
Que desculpa usarei agora?
Não tenho mais nenhuma, nem consigo inventar. É hora de verdades.
Verdades encontradas em bocas silenciosas e duradouros beijos.
Me jogo!
k.o.
Há uma semana
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