Foi ao inferno, ficou idiota e voltou.
Sorrindo com o canto da boca não percebeu a agonia que se abatia sobre o outro pelo medo de perde-lo para o inferno de uma vez por todas. Para nunca mais.
Quando finalmente recuperou a consciência, após a fumaça ter se dissipado por completo, descobriu que a dor do outro fora tamanha que adormecera afogando-se em suas próprias lágrimas. Então no fundo da escuridão com a fumaça voltando a subir, descobriu o verdadeiro passaporte para o inferno. Perder quem temia perdê-lo, era pior que qualquer viagem que já tivesse feito às profundezas de sua inconsciência. Descobrira finalmente a identidade do inferno na ausência de quem lhe queria.
4 comentários:
Eu acredito que o inferno seja a tristeza encrustada nos olhos. E não a raiva.
Gosto quando aparece, é sempre uma boa surpresa. (:
oi, você lê pensamentos ?
a ausência é sempre amarga...
Compreendo, oh se compreendo :/
E, OBRIGADA, que bom que gostou, fico mesmo feliz.
Voltarei aqui também.
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