27.2.10

Da sexta a noite;

Eu desço dessa solidão espalho coisas sobre um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos a me torturar
Fotografias recortadas em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Disparo balas de canhão é inútil, pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas cem um colibri
Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom...
[...]
No mais estou indo embora, baby.
Estou indo embora.
(Eugenio Recuenco)
A gente perde tempo com cada coisa besta. Besta!

19.2.10

Eu peço bem pouco:
Só quero que me faça feliz. E que se esforce tanto pra conseguir isso quando eu me esforço para fazê-lo contigo.
Cumprir essa missão inclui surpresas como aparecer de repente ou satisfazer certos caprichos como um um abraço, seja qual for a hora do dia ou da noite...


(Eugenio Recuenco)
Qual o problema? Eu sou louca mesmo. E aí?
Não posso ter meus caprichos também?

18.2.10

Meu vício agora é o tempo.

Quando se vive uma semana inteira de puro amor, de carinho e tesão a primeira noite sozinha - depois disso tudo - parece longa e solitária demais. Dá a impressão que a vida real, a que você sempre teve, é que é a errada, a certa é a que estava levando esses dias, afinal de contas era nessa vida que estava mais feliz (então acho que essa é realmente a certa - a que faz mais feliz).
Depois de ter a minha vida mudada o amor parou de parecer algo tão distante e sofrido, passou a ser bonito e arriscaria até mesmo dizer simples, hamornioso. Afinal de contas amor é só amor, auto explicativo, simples, não simplório.
As noites mudaram, os dias também. Minha vida mudou e sobretudo minha visão do tempo. Hoje eu vivo esperando por duas coisas: uma é o domingo, o melhor dia da semana. E o outra eu não sei bem o que é; mas sinto que está para acontecer, sei a direção de que isso virá, mas não o sentido (e é aqui que mora o perigo) ele pode vir contra mim. E colisões doem.

8.2.10

Viagem ao inferno.

Foi ao inferno, ficou idiota e voltou.

Sorrindo com o canto da boca não percebeu a agonia que se abatia sobre o outro pelo medo de perde-lo para o inferno de uma vez por todas. Para nunca mais.

Quando finalmente recuperou a consciência, após a fumaça ter se dissipado por completo, descobriu que a dor do outro fora tamanha que adormecera afogando-se em suas próprias lágrimas. Então no fundo da escuridão com a fumaça voltando a subir, descobriu o verdadeiro passaporte para o inferno. Perder quem temia perdê-lo, era pior que qualquer viagem que já tivesse feito às profundezas de sua inconsciência. Descobrira finalmente a identidade do inferno na ausência de quem lhe queria.