Os olhos marejados indicam exatamente o que queria evitar: A tão esperada dor, que mais cedo ou mais tarde chegaria.
A dor que deixa mais viva as sensações, quantas decepções, frustrações.. Quantas, uma após a outra. A vida se tornou, de repente, tão morna. Eu, tão conformada com as coisas que eu mudaria drasticamente se não fosse só do meu jeito, tão receptiva a qualquer informação, boa ou ruim, seja lá qual for. Tão, sem querer, atenta aos pequenos detalhes que entregavam todos os pequenos erros de um amor tão consciente e sóbrio, que alguém precisou tirar-lhe do sério.
Traz, essa dor que escorre pelos olhos, as lembranças de um caminho que forçadamente foi preciso tomar. E de um que por opção mais fácil, duas vezes, foi escolhido. Um remorso, aquele velho 'e se?'
A vida que está aparentemente completa clama por algo a mais. Por uma mudança, uma esperança brilhando no fim da reta, qualquer sinal que diga: "Ei, resista! Seu mundo vai crescer, ele está inteiro e vai crescer cada vez mais. Você vai poder. Resista."
Mas não há sinais, nem vozes... O trem vai descarrilhar.
Há uma dor que vem de todos os lados, como em fogo cruzado, tentando derrubar quem está no meio. Me faltam sorrisos, vivacidade, cor, juventude. O que mais me falta? Eu busco dentro de mim cada pequeno fragmento, mas não há sinais. Não há nada por enquanto, só essa maldita dor.
7 comentários:
Até domingo;
agr vou ler seu post ;)
é como se
vc tivesse
roubado meus
mais secretos
pensamentos;
mas eu tenho ignorado, e olha tenho conseguido.rs
Autobiográfico?
belo texto jaque... :*
Cara,esse fluxo meu consciente inconsciente foi forte hein?Parace comigo.
"Mas não há sinais, nem vozes... O trem vai descarrilhar"
Meu trem ta descarrilhando.
fragmento? Estou aqui.
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