O poder dos sonhos...
Acordei tão sufocada quanto passei a noite toda. Sonhar com a própria morte, eu sobre meus quadris não podia me levantar e então repousei eternamente em meio às papoulas de seu ópio. Em outra vida vi os caminhos por onde andei. Tão tortuosos! Chegou a guerra, o combate começou e eu não lutei, me recolhi sob as águas calmas do jovem rio que dava em lugar nenhum. O rio que não conhecia mais nada, não havia afluentes e não encontrava com o mar. Afundei como se respirasse como peixes, mas não tinha guelras. Minha respiração era inexistente. Caminhando pela estrada sob a sombra das árvores que cobriam meu caminho repousava um espelho, ali um anjo com asas fartas pintava enquanto cantava um mantra: 'combinamos, combinamos'; Assisti a cena e segui meu caminho revendo minhas pegadas no chão de areia, cada passo tão pequeno e lento remetia à lembranças de uma vida que eu não sabia existir, mas agora eu descobri: feneceu. De repente acabou.
2 comentários:
Bacana, são sim todos meus e obrigado pela visita.
Nossa,...de perder o ar!
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