23.2.09

Segredos.

Cama bagunçada, e um vestido pelo chão.
O amor que acabou de começar entre suor e olhares
já se desfaz com o zíper subindo.

Ela estava aqui. Mas se foi.
Me deixou, mais uma vez, com meus devaneios e desejos.
Sozinha.
Ah! Mal a sabe que a encontro quando me deito.
E Vejo-a. Vejo-as, todas elas. Como se fossem apenas uma.
Uma mulher sem rosto, sem expressão.
Com apenas um olhar e seu corpo.
Apenas eu e seu amor.

Uma deusa. De rosto indefinito, mas onipotente.
Todas Elas, me vêm e me perturbam, como uma legião de demônios.
Demônios alvos como anjos, poderosos como deusas, e sedutoras como.. como só elas.
Freya, comandando Valkírias que vieram me buscar para ir à seu encontro.
Pois busque-me, deusa e me amaldiçoe; Corrompa-me.
Derrame por meus segredos as lágrimas que derramas por Odur,
Escorra, lágrimas de ouro, no rosto que me sorrirá.
Me amaldiçoe com sua legião de Valkírias, alvas e cintilantes
Deixe-as habitar minhas noites pela eternidade, até ela voltar
Deixar seu vestido novamente pelos cantos e seu olhar sobre o meu.

Volta.

4 comentários:

Clarice_Reis disse...

Seus segredos e os de mais ninguém.
Quem pode entendê-los?
Foda-se.
É você.

G. disse...

Freya não me aguenta uma noite.
Achei nada peculiar esse texto.
É você.

Anônimo disse...

Belo!

DP disse...

Quando leio seu blog, quando vejo seus comentários; sinto que tenho muito o que aprender.
A vida pessoal (maldita!) me atrapalha muito, o sucesso nem reluz mais tanto assim. Acho que vou largar o sonho de ser jornalista e virar agricultor! E me desculpa não comentar, apesar de ler todos os seus textos!